ACOLHIDA
O MARCADOR DA HISTÓRIA:
OPORTUNIDADE OU IMPECILHO?
“A vida é marcada com o tempo. Um tempo que só nos
damos conta quando já não o temos mais. Que bom seria se nosso “coração”
direcionasse todas as nossas ações.
Lembrar de momentos que significaram acaba sendo a
oportunidade de não só recordar, mas também trazer presente tudo aquilo que nos
fez diferentes, nos fez ainda melhores.
Ah! Se o coração falasse! Com certeza ele nos
ajudaria a olhar para a vida de maneira que não se ofuscasse tamanha alegria
que é partilhar, entregar, fazer comunhão.
Todo nascimento traz consigo potencialidades e
desafios. Não podia ser diferente quando a Equipe de Nossa Senhora Imaculada
Conceição iniciou seus primeiros lampejos de existência. Claro que a
insegurança e a incerteza de que se realmente seria possível continuar era
evidente; bem, cada dia depende de nossa fé para não desistir.
Mesmo diante desta trajetória de buscas é possível
perceber uma característica que sinaliza o caminho que estamos seguindo. O que
torna as equipes de Nossa Senhora diferente é o temperar da acolhida.
Acolher bem não é simplesmente agradar ou fazer ao
outro tudo o que ele espera ser feito. Acolhida tem doses variadas de
características que a faz ser um diferencial importante.
Quando um casal inicia os primeiros passos numa
equipe é possível que as dúvidas possam torná-lo um pouco frio nas relações.
Então a acolhida é marcada com uma pitada do abraço de mãe, que ensina que é
possível aquecer o coração com as nossas qualidades e defeitos e também com as
dos outros, reconhecendo a presença de Deus.
Às vezes, este mesmo casal é tão seguro de si que a
razão está sempre com ele. Bem, a acolhida aqui vem com inocência das crianças
e a determinação dos jovens demonstrando que os mais novos na caminhada, por
mais imaturos que possam parecer, podem contribuir e muito para o crescimento
mútuo.
Não podíamos esquecer dos casais que são
entusiasmados a ponto de quererem fazer tudo, não dando a oportunidade aos
outros. Aí a acolhida é direcionada com o olhar do pai, que ajuda a admoestar e
conduzir o casal no desenvolvimento ou aprimoramento das virtudes,
principalmente a temperança. O que direciona as paixões ao equilíbrio levando
ao casal a realizar mais através do testemunho.
Não deixemos que os momentos ditem as regras, mas
que as regras sociais, religiosas e as de vida nos ajudem a entender este
“tempo” não como simples marcador da história.
Sim, o tempo nos
faz crescer, mas este crescimento será em Deus quando deixarmos que nossos
corações estejam banhados de Sua maneira própria de acolher, transformando o
que parece ser passageiro e alimentando a vida com o que realmente é
essencial.”
Iniciamos
em 24 de setembro de 2014 com 05 casais, na época escolhidos pela Vânia e
Nivaldo, responsáveis pelo Setor Santo André B. Ao participarmos de nossa primeira
reunião apenas quatro casais foram confirmados na pilotagem feita por Benita e Ruy
em 2015. Esta foi nossa primeira experiência com acolhimento, fomos acolhidos
pelo movimento e pelo casal piloto que nos acolheu com grande sabedoria e
carinho, nos apresentando esse traço marcante das ENS.
Após
alguns encontros acolhemos dois casais, que algumas reuniões depois decidiram
não continuar nas ENS. Como isto ocorreu repentinamente sentimos muito receio
de termos nossa equipe desfeita pela quantidade de casais.
No
final de 2015 também passamos pela experiência de acolher nosso primeiro
conselheiro (temporário), Diácono Francisco, que também nos acolheu como equipe
e ficou conosco até o final de 2016.
Já
no início de 2017 acolhemos em nossa equipe o Padre Camilo (nesse período ainda
Diácono) juntamente com os casais Priscila e Márcio, Luana e Rodrigo.
A partir daí aquele medo de não sermos
mais equipe foi sendo desfeito à medida que íamos nos fortalecendo na acolhida
e também sendo acolhidos por aqueles que chegavam.
Hoje partilhamos uns com os outros como
foi acolher e como foi ser acolhido.
“Como
nossa equipe estava fortalecida espiritualmente naquele momento, vivenciar toda
aquela mudança, nos tornava ainda mais fortes e conscientes do queríamos do
movimento. Desta forma para criar uma melhor adaptação, a união foi total em
prol daquilo que faria todos se sentirem melhor, sem forçar nenhuma situação.
Foi dado o tempo necessário para a adequação do Padre à nossa equipe, que tinha
uma paróquia para administrar e aos casais que ainda estavam em processo de
pilotagem com o livro ‘Vem e segue-me’.”
Margarete
e Jesus
“Nossa
percepção, nossa fé, nossa força. Mudou nossa vida conhecermos o movimento das
ENS. Cada fase com seu papel de acolhimento e instrução, nos possibilitou a
oportunidade do amadurecimento do sim a ser dado como resposta.”
Priscila
e Márcio
“Entramos na
Equipe da Imaculada Conceição, na época que passávamos pelo primeiro momento
mais difícil do nosso matrimônio, um problema de saúde da Luana, foi uma época
muito difícil. Neste momento havia expectativa de nossa parte, em como seriamos
recebidos na equipe em que casais já se conheciam e estavam juntos por um
tempo, no entanto a nossa equipe nos acolheu maravilhosamente bem e quando menos
esperávamos já fomos nos sentindo parte de uma grande família.“
Luana
e Rodrigo
ENS
Imaculada Conceição
Março
2019