Carta Encíclica - Fratelli Tutti (CAPÍTULO VIII - AS RELIGIÕES AO SERVIÇO DA FRATERNIDADE NO MUNDO)


Primeiro precisamos reconhecer Deus como nosso criador e criador de tudo, desta forma podemos intender que somos irmãos e precisamos nos colocar a serviço do próximo, como filhos de Deus vivo somos chamados a ser sal da terra e luz no mundo através da fraternidade.

O Papa Francisco exalta nesse último capítulo que as várias religiões precisam juntas acolher e contribuir para a defesa da justiça social. Precisamos tornar Deus presente em nosso meio, por meio de um coração sincero. Na passagem do Bom Samaritano, quando aquele homem caído no chão recebeu a ajuda de um estranho, o que o ajudou não quis saber sua origem, cor, religião ou se tinha dinheiro, apenas o fez por caridade. Isso sim é o exemplo de um verdadeiro ato de justiça e fraternidade.

Hoje vivemos em um mundo polarizado, as pessoas estão divididas em grupos e a ajuda só existem entre este círculo pequeno, quando o outro pensa e age de forma diferente são julgadas e condenadas. Neste documento o Papa Francisco fala da identidade da igreja e valoriza a ação de Deus nas outras religiões, porém ressalta que a dignidade humana e fraterna está no Evangelho de Jesus Cristo. (FT 277)

A Fraternidade não é algo abstrato e sim um gesto concreto que precisa cada dia mais se fazer presente, a igreja respeita a autonomia da política, mas não se omite e sempre se coloca a disposição dos que vivem à margem da sociedade. Principalmente a igreja Católica que não é órfã ela possui uma mãe chamada Maria, que através da Cruz de Jesus assumiu a maternidade universal de toda a humanidade, Ela quer que sejamos irmão em um mundo onde haja lugar para cada descartado de nossa sociedade, onde resplandeçam a justiça e a paz.

Papa Francisco escreveu “nós líderes religiosos somos chamados a ser verdadeiros dialogantes”, ou seja, trabalhar para construção da paz, unindo e não dividindo, o diálogo se faz necessário para que se haja paz e um mundo melhor, extinguindo o ódio é o caminho entre a união das pessoas e dos povos.

Em nome das almas humildes e inocentes, dos pobres, dos miseráveis, dos necessitados, das viúvas, dos órfãos, dos refugiados e exilados e de todas as vítimas da guerra. Por fim ao apelo do Papa em nome de Deus que declara adotar a cultura do diálogo como caminho, a colaboração comum como conduta; o conhecimento mútuo como método de critério.

Amém

ENS Guadalupe 

Dia Nacional de Oração pela Canonização do Padre Caffarel

O Padre Henri Caffarel nasceu em 30 de julho de 1903 em Lyon. É batizado em 02 de agosto de 1903 e ordenado padre em 19 de abril de 1930. Morre em 18 de setembro de 1996 em Troussures, onde está enterrado.

“Vem e Segue-me!”. Esta palavra do Senhor está inscrita em seu túmulo, porque em março de 1923 ocorre o evento que vai orientar toda a sua vida: “Aos vinte anos, Jesus Cristo, em um instante, tornou-se Alguém para mim. Oh! Nada de espetacular, não. Naquele longínquo dia de março, eu soube que era amado e que eu amava, e que doravante entre mim e ele isso seria por toda a vida. O jogo estava feito”.

O jovem Caffarel havia encontrado “Alguém”. Portanto, tudo o que ele vai fundar e organizar será, aos poucos, do jeito que o Senhor lhe for mostrando. O Cardeal Jean-Marie Lustiger fala do padre Caffarel como de “um profeta do século XX”, pois ele tinha consciência de estar fazendo “algo novo para a Igreja”.

Henri Caffarel é tocado pelo amor do Senhor. O ministério do Padre Henri Caffarel será ao serviço do amor, “ser amado, amar”. O amor do Senhor é para ele fonte de dinamismo e de vida. De imediato ele entra em sintonia com os casais desejosos de desabrochar seu amor à luz do Senhor.

Qualquer que seja a obra empreendida, o Padre Henri Caffarel terá um único objetivo: colocar cada um diante do Senhor, origem de toda vocação.

Henri Caffarel conclui: “O jogo estava feito”. Aí está uma conclusão bem do seu jeito: não se discute mais, obedece-se, trabalha-se, não se fica todo inchado de orgulho por causa dos serviços prestados e, quando está acabado, vai-se embora...

Rigor, exigência, precisão nos detalhes, vontade de ir até o fim, olhar concreto sobre os acontecimentos e os seres, capacidade de se desfazer de tudo o que não vai no sentido daquilo que ele “vê”... eis como é o Padre Henri Caffarel.

Ardor, vigor do Padre Caffarel. Luz de sua presença: ele, pequeno, frágil, seu alimento é fazer a vontade de Deus. É disso que ele tem fome.

Quando o Cardeal Lustiger o chamou “profeta para o nosso tempo”, ele não disse que o Padre Caffarel adivinhava o futuro. Não. Um profeta é aquele que busca a vontade de Deus, aquele cuja paixão consiste em descobrir o desígnio de Deus que está se realizando nos corações e nos acontecimentos dos homens.

Todos aqueles que o conheceram e que ele acompanhou na sua caminhada espiritual, dizem o quanto seu olhar era penetrante: ele procurava Deus em cada pessoa. O Padre Caffarel ajudava todos a se colocarem diante de Deus e a acolherem sua vontade. Ele assim respeitava a liberdade.

Os profetas não passam. Como eles não predizem o porvir, mas são servidores enviados para ir na frente e preparar os caminhos do Senhor, sua palavra é sempre atual.

Desde cedo, Deus o preparou para ser um mestre no caminho do amor. E, no entanto, o Padre Caffarel, ele mesmo, era secreto, reservado, quase solitário... É normal: Deus sempre trabalha com nossas limitações e fraquezas.

Possa o Padre Caffarel nos guiar ainda hoje na descoberta da vontade de Deus! Deus quer sempre que possamos viver na sua presença, no seguimento de Cristo, na comunhão do Espírito Santo. Sejamos cheios de esperança: olhemos os campos já brancos para a colheita.






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